
Quando era criança via meu pai trabalhando e queria ser como ele: bom naquilo que faz! Com o passar dos anos percebi uma forte tendência ao aprofundamento nas especializações em todas as áreas. Não obstante ser bom, também precisava ser especialista. Em algumas áreas, como a medicina por exemplo, isso acentua-se até os dias de hoje. Em outras, o processo inverteu-se: na busca da ascensão meteórica de suas carreiras os profissionais passaram a exercer funções multitarefas. Questões do tipo “até que ponto isso é saudável?” Eram sufocadas pelo aparecimento de uma galera nascida nas entranhas da tecnologia e o desespero crescente por produtividade nas empresas. Porém, onde abundam energia, ambição e conhecimento, por vezes minguam a experiência e sentimento de grupo, a subordinação e a ética. Outras vezes funciona bem. Como saber? Uma coisa é certa: dedicação, sabedoria, disposição e interesse no trabalho são sempre bem recebidos.
Se já não é o bastante ser bom naquilo que faz e se não é possível ser o melhor em tudo, talvez reste-nos procurar fazer de tudo um pouco. Tudo sempre bem feito.